Apresentação possível!

“Isto não é (só) Matemática” é uma obra singular. Este carácter é de imediato revelado pelo título, que apresenta um duplo sentido de modo a reforçar dois pontos essenciais: por um lado apresentar a obra não como um livro de matemática formal mas sim como um livro de divulgação e por outro lado transmitir a ideia que apesar de ser, de facto, um livro sobre matemática a sua abordagem é feita no contexto das ciências naturais e não só.

Em termos de forma, esta obra é também, um modelo original: a ilustração levada ao extremo onde metade do livro é composto por narrativas paralelas, algumas divergentes e outras completamente secantes ao texto principal. Se muitas vezes as narrativas gráficas seguem o seu próprio caminho, não raras vezes desconstroem os conceitos matemáticos abordados e levam-nos ao extremo, colocando novas e pertinentes questões. Serão pontos frequentes de pausa da leitura, mas muitas vezes trarão momentos desconcertantes ao leitor que lhe exigirão uma certa abertura de espírito – o requisito geral de toda a obra.

 O texto apresenta-se como uma série de episódios, pequenos contos, alguns de drama intenso, outros de acção, outros de comédia quotidiana. No conjunto relatam uma das aventuras mais extraordinárias na evolução humana, quer intelectual, quer social, quer tecnológica. É uma viagem que tem a pretensão de conseguir mudar a forma como o leitor vê o Mundo, ou pelo menos parte substancial dele.

Não é possível, contudo, categorizar o livro que se apresenta senão de forma aproximativa: é um híbrido entre um livro de contos, uma novela gráfica, um livro de divulgação científica e um manual escolar. Tem um público alvo a partir dos doze anos. Cada leitor terá uma experiência diferente e um usufruto muito específico que dependerá da sua concentração, do seu empenho e da sua formação de base. No entanto, ele foi pensado para qualquer um, do simples curioso ao estudante universitário, do pré-adolescente interessado ao sénior ainda fascinado pelo mundo que o rodeia.

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